dezembro 28, 2009

Nightmare(s)

"The painted man, he haunts my dreams..."
(Geraldine McEwan, as Mortianna, in Robin Hood - The Prince of Thieves)

Vira-se e revira-se na cama.
Sua.
Parece criança assustada.
É criança assustada, trancada em corpo de mulher [aparentemente] capaz.
Não acorda, não foge.
Curiosa.
[Mas a curiosidade matou o gato.
Dá jeito, ela não é gato.]
Então, em vez de acordar, apesar do absurdo assustador que presencia, vai atrás, continua.
Sua.
Contorce-se.
Geme.
Treme.
Noites mal dormidas.
Dias a matutar com o que sonha.
Pensa, repensa e "re-repensa" o que já está mais que farta de remoer.
Teme adormecer.
Teme o que a assombra.
Tem medo dos vários significados diferenciais que acha para isso.
Dói-lhe o fundo das costas, perto da região sacra. Sinal de stress...
Está na cama.
É tarde...
Amanhã tem de se levantar cedo.
Vai dormir...
Não pode fugir.

"It's just the beasts under your bed
In your closet and in your head"


Borrega
Créditos:
Imagem: da manga Eternal Sabbath

Música:
Metallica - "Enter Sandman"




dezembro 27, 2009

Indian Prayer (desatino com aroma a cravo e travo a mescalina)

Sou comum ao ponto de ser mundana.
Mais uma que te passou pela cama.

Largas-me no primeiro lixo que vês, a mim, à minha imaturidade e inexperiência, aos meus erros, às minhas facas e ao meu amor.
Segues.


Eu, toda partida, pego cacos, colo.
Ergo-me a medo, as pernas tremem.
Caio, uma e outra vez.
E tu não me vens levantar.
Já não te amo, percebo após quedas sucessivas.
Ando em frente com o que tenho (e é tanto!).

Sou comum, mundana. Continuo assim. Banal, duma pasmaceira quase irreal.
Acendo velas, peço a Deus que me ajude a mondar as ervas daninhas que tenho no peito.
Encho-o de cravos sempre que posso.

Sou carnal profana, desprovida de qualquer sentido, enquanto te tenho deitado no peito suado. Só te sinto aninhado, todo o restante pensamento, que nos salvou dum preâmbulo, foi-se naquelas três letras.
É tão bom, só te sentir.

Redenção.
Planto cravos, um mar deles.
E nesse mar, refastelo-me na areia e durmo.
Acalmo a tempestade e torno-a em ondas calmas, que beijam os cravos.

Corpo lavado.
Pesar da Alma escoado.
Coração acariciado.
Sinto-me tão melhor na minha pele, mundana, de mestiça.
Tento pôr os pés no chão e não voar nas asas da águia…

Mestiça mundana, sentada num telhado, olhando o pôr-do-sol, ladeado pelo cipreste d’onde o anjo xamã me sopra graça, me sopra fé.

Comum, banal, beijo cravos, quase especial… (Ir)real!!!



Borrega

Créditos:
"This is a dedicatory song": À Oriana, que nunca me deixes a Alma...
Imagem: by Borrega (todos os direitos reservados)

dezembro 26, 2009

My personal sarcastic way of live


Não sabes de nada, nunca soubeste.

Não sabes de nada, nunca quiseste saber.

E naquelas vezes em que eu te mencionava algo, esperando a tua reacção, limitavas-te a olhar para um ponto qualquer na parede, ignorando-me.

Não sabes de nada, mas queres que eu saiba.

Não sabes de nada e mentes-me como se soubesses.

Não quero saber quem são as tuas fontes, não quero que rastejes e me peças perdão. Não quero que voltes quando já decidiste partir, nem sequer quero que imagines que estou à espera que voltes. E quando te virares para mim e me perguntares o que faço aqui, a resposta será seca e simples, com aquele trago a ironia e sarcasmo que nunca entendeste.



‘Aqui? Aqui vive-se, senhor. Boa tarde e muito obrigado!’



'You like to think you’re never wrong' [Pts of Athrty - Linkin Park]



Pulga

dezembro 24, 2009

'Tou lamechas e?!?

Porque esta frase não me sai da cabeça:
"Havemos de ser velhinhas e 'tar a beber o chá das 5!!"*

Porque tenho saudades "das do costume"...
Porque a elas neste chá gostava de juntar mais um punhado de pessoas que a Vida me deu nos últimos tempos...

E porque o meu coração está apertadinho e queria tê-la aqui, comigo a abraçar-me. A nha pequenina, a nha parte branca... Sis' sei que és uma Pulga, mas para mim é como se fossemos iguais. És parte de mim, a melhor parte de mim...

(Prontos, é Natal e estou lamechas!!!!)

Borrega

Créditos:
Imagem:
Patti Smith, by Annie Liebovitz
* Todos os direitos reservados a: Filipa Mogas

- Todas as "abreviaturas" devidas ao dialecto escalabitano.

dezembro 23, 2009

Os homens não choram .

Tiro. Foi o som dum tiro que se ouviu.

O homem está encostado à branca parede. Envergando o sobretudo preto por cima da t-shirt branca, as suas calças de ganga azuis, cachecol às riscas castanhas e azuis, cabelo preto desgrenhado e o rosto lívido. Descalço sobre a incólume laje branca e fria tem a arma na mão.

Um sinal rápido e a mulher sai e leva a arma com ela.

Retira o sobretudo e coloca-o sobre o imaculado lavatório. O vermelho nota-se sobre a justa camisola. Retira-a também.

Encostado à parede o homem treme e chora. Escorrega ao longo da parede até se sentar com um baque surdo.

O homem chora, treme e estremece. O sangue não é dele. O sangue não é da mulher. E ele treme, chora e estremece.

Que visão horrível! Que visão horrível para a pequena. Os homens não choram. Os homens não deviam chorar. Quando um homem chora, as coisas não têm volta a dar. Quando um homem chora, faz-lhe o coração chorar. E o seu pequeno coração chora, chora lágrimas de sangue pelas lágrimas salgadas do homem.



Pulga

DG - Doce Galdeio...

Chuva, vento, frio, gelam a chapa branca.
Lá dentro o ambiente é tão quente que custa a crer no frio que os olhos enxergam pelo vidro salpicado.
O vermelho pare o verde ou o vermelho brota do verde, isto tudo sobre o amarelo nebuloso dum manto de névoa que se dispersa à passagem.
Cabras em rebanho deambulam sob os olhos cansados e atentos duma senhora de lenço à cabeça.
Cipestres em soturno colóquio abrigam fetos em sono profundo.
Lúgubre nevoeiro adocica a beleza das serras que a chuva (re)baptiza. Envolve-as e envolve-os, dois num carro. Dois em passeio, dois em doce galdeio.
Água que brota da pedra, verde abraçando o granito, Vida jorrando a cada encosta.
A Natureza, engalanada, sai do misterioso nevoeiro, envolta em xailes "arcoíricos", de verdes amarelados, de castanhos avermelhados, até ao laranja vivo.
O carro vai parando, os seus olhos vão-se deslumbrando, as rochas vão escorregando sob as solas de borracha, a máquina vai disparando.
Eles vão rindo e falando, eles vão olhando, vendo, exultando a beleza da água que talha a montanha, numa queda sem fim, numa queda jasmim, da água em baque contra a rocha, espalhando gotículas pelo ar, num nevoeiro semelhante ao d'onde saíram.
Manta às flores pelas costas, ela protege o pescoço do frio nocturno que as rabanadas de vento anunciam. Tantas são as cores da manta como tantas são as imagens que guarda de hoje na mente, no Coração:

maior orgulho Padrinho!























































































Borrega

Créditos:
Fotos: Nuno Reis (todos os direitos reservados)
Música: Incubus

Local: Alvão
Jantar: Kebab!
P.S.- Muito obrigada aos cães!!!

dezembro 20, 2009

Looking for ...



" Look, in my opinion, the best thing you can do is find a person who loves you for exactly what you are. Good mood, bad mood, ugly, pretty, handsome, what have you, the right person is still going to think the sun shines out your ass. That's the kind of person that's worth sticking with. "

Borrega



Créditos:

Música:
Janis Joplin - "Me and Bobby McGee
"
Ben Harper - "Sexual Healing"

Imagem:
do filme Love Actually
Citação:
do filme Juno

dezembro 16, 2009

Noite em Branco


Numa cozinha que não é a deles estão um Ilhéu (aka: ET) e uma Borrega (aka: eu!). Completamente pedrados pelo sono e pelo cansaço, tentam fazer o trabalho de estágio.
Subitamente um luz brilhantemente extenuada acendeu-se na minha cabeça e, a partir daí, a cozinha do 4º piso nunca mais foi a mesma:

2.30h: Em 1995 não existiu qualquer caso de brucelose nos Açores, foi aí que as vacas proliferaram e passou a haver uma para cada 2 habitantes. (by me and ET)
3.00h: Jamais acontecerá, somos demasiado dispares. (Ilhéu tu percebes)
3.30h: Na Madeira não houve casos de brucelose entre 94 e 98. Isto porquê?
Porque o Alberto João mandou as ovelhas todas para os cubanos.
3.46h: Afinal há brucelose na Madeira, a dos camelos! Aquilo é uma República das Bananas, tem de ter camelos!!!!!
3.48h: O "aborto mal feito" vai morrer de brucella abortus!
3.50h: Borrega retalia agressão do Ilhéu (voa H2O!!)
3.51h: "Agora que estás molhado peço-te aquilo que quiser!" (me to ET)
3.55h: "Nunca porias em causa a nossa amizade!" (eu, chocada para o ET, após alguma baboseira que ele proferiu!)
3.57h: Ilhéu tenta ser Alberto João, pois quer manipular meios de comunicação locais (aka: Zoo.Lógico)
3.59h: Cá no continente os casos de brucelose são em maior número... "Será resistência à terapêutica? (...) Mas cá também há resistência às vacas!" (by ET)
4.00h: Eu, completamente debruçada sobre a mesa, com a cabeça enterrada nos braços, proclamo, em voz arrastad(íssim)a: Sou um peixinho!
4.03h: ET/Ilhéu tem dificuldade em distinguir pernas, mas o Chuck Norris lê braille!
4.04h: Conclui-se o meu génio, tendo em conta que a previsão feita entre as 2.30h e as 3h se concretizou: a Pulga chegou e realmente nunca mais trabalhamos.
4.05h: A secretária (aka: Pulga) tem sempre razão.
4.07h: Deus está de folga e o Chuck Norris não está cá.
4.09h: Sérgio Amorim poderá ser um coelho branco.
4.15h: Descemos as escadas. Ouve-se um barulho branco.
(#música de suspense#)
Indivíduos voltam-se para ver o que é: FINALMENTE ESTÁ A NEVAR!!!!

LET IT SNOW

Borrega

P.S.- 4.20h às 5.00h: três pares de pegadas assombram o Parque Corgo!

Créditos:

Participação especial:
Pulga e ET
Música: Ella Fitzgerald - "Let it Snow"
Imagem:
Marilyn Monroe



Just to say...



“- Don’t use words that you don’t understand.

- You love him.

- Don’t use words that I don’t understand.”






Pulga

dezembro 14, 2009

Tela

Abre a porta do quarto que lhe serve d'estúdio. Pega num cavalete, numa tela branca, paleta, guaches.
Traz tudo duma braçada só e fixa-se na cozinha, onde ela ontem dançou ao ritmo dos cozinhados que fez para eles. Monta o cavalete de maneira a encarar a janela e a ver o mar que se estende até ao sol nascente. Paleta em cima da mesa mistura magenta e amarelo, pega no branco e no preto e cria um degradé de vermelhos.
Encara a mesa. Lembra-a ontem, já desnuda do jantar. Ele, pacientemente sentado numa cadeira, via-a lavar a loiça. Mas é mais forte que a paciência, aquela vontade dela, é mais forte que ele. Pega-a pela cintura, cinge-a a ele. Quebram na mesa, desenha-lhe o corpo com as pontas dos dedos...
Sacode a cabeça. Passa o dedo na paleta. Desenha com as pontas dos dedos o corpo dela na tela.
Lá fora a esfera vermelha (re)nasce, pintando-a de vermelho sobre os lençóis.

"She dreams in color, she dreams in red..."

Borrega

Créditos:
Música:
Pearl Jam - "Betterman"
Imagem: daqui

dezembro 13, 2009

Acções vs Palavras

Que me beijes enquanto me dizes que te vais embora.

Que me agarres enquanto me dizes que te vais embora.

Que me aconchegues enquanto me dizes que te vais embora.

Que me aqueças enquanto me dizes que te vais embora.

Que te deites ao meu lado, na minha cama, enquanto me dizes que te vais embora.

Que arranjes motivos para me veres enquanto me dizes que te vais embora.



Porque são as tuas acções que fazem de ti o homem que és, e não as tuas palavras.

[E assim, também eu posso acreditar que ficarás para sempre.]



Pulga

dezembro 10, 2009

Nua

Nua...
Completamente nua...
Ao relento no telhado.
Nua..
Totalmente nua...
Pela lua contemplada.
Nua...
Pele morena, com pêlos eriçados.
Inteiramente nua...
Corpo tiritando de frio.
Nua...
Desesperadamente nua...
E nem roupa lhe bastaria para se cobrir,
E nem roupa a aqueceria...
Nua...
E, a cada soluçar, mais nua...
Desconcertantemente nua...
Alma em pêlo, de dentes rangendo...
Mendiga nua por um abraço...
Indigente por um toque...
A pequena não está sem roupa,
Não está descoberta,
Está nua! Nua!
Nua, no telhado, com a pele sendo mordiscada pelo vento abutrico da noite.
Nua, cá do alto, contemplando as luzes e os carros que passam.
Nua...
Crua...
Fria...
Nua...
Na ventania.
Estrelas, em uníssono, brilham:
Nua!
Hoje custa-lhe mais estar nua.
Contudo, não geme, não uiva.
As lágrimas só lhe porão a pele mais suculenta aos olhos do vento.
Nua...
As árvores mandam folhas em auxílio,
Para lhe serem cobertor naquele exílio, naquela vigília.
E pela noite alguém [há-de] caminha[r]...
Com a mais doce e bela seda nos braços,
Com a mais quente e fofa lã no regaço.
Segue as folhas para descobrir
Nua lá está
Esperando alguém chegar...
Nua ao luar...

Borrega

dezembro 09, 2009

Rifa-se um coração (quase) novo#2

"Todos os dias, quando acordo, vou correndo tirar a poeira da palavra amor..."
(Clarice Lispector)


Localização: Do lado esquerdo

(***)

Oriana já não tinha uma noite destas há algum tempo. Ele não lhe saía da cabeça, não lhe dava descanso. Ela queria dormir e as imagens dele, o cheiro, a lembrança do toque, não a deixavam.
Oriana é meia concha apertando o seu Coraçãozinho de madrepérola que, a cada lembrança daquele olhar luz, bate em espasmos electrizados.
Lá o acalma com doces afagos, perscruta-lhe as cicatrizes, estão mais saradas. Está bonito, mais crescidito, vigoroso.
Revira-se, volta a revirar-se e, mais umas quantas reviravoltas depois, volta à posição inicial.
- Que raio anseio eu? - pergunta ao ar, pois sabe a resposta.
- Um abraço, um abraço transversal, um que te toque a alma, um que me afague a mim e te deixe fazer o mesmo. - responde-lhe o Coração.
- Dorido? - atira, mudando a direcção.
- Cativado. - reencarrilha-a o Coração.
Suspira.
Esboça um sorriso d'olhos brilhando no escuro.

Acorda meio desnorteada, meio desiludida, abraçando uma almofada.
Maldito despertador, há meio minuto atrás dormia abraçando-o, com a certeza dos olhos luz abrindo para o novo dia sincronizados com os dela.
Suspira.
Oriana e as lembranças d'olhos luz.
Oriana e as lembranças que lhe atravessam o sono.

Oriana...

Borrega

Créditos:
Música:
Incubus - "Dig"

dezembro 08, 2009

Todos somos dependentes de algo

Vivemos dependentes,
Detestamos a mudança
Mas queremos ir sempre mais longe
Sofremos com a adaptação, questionamos,
Negamos, sofremos, olhamos para trás, crescemos e desejamos muitas vezes não o fazer. No fundo desde que nascemos até morrer cavamos a nossa propria campa até chegar o dia de em que nos iremos deitar nela.
Somos um ser estranho... E cavamos a campa do mundo com a nossa...




Será que algum dia iremos mudar?


Alegria

Amarras

"I've made a promise..."
(Edward Cullen, in Midnight Sun)



Era uma vez...
Há muito, muito tempo...
Não foi assim há tanto, mas a poeira anti-algica do tempo faz com que assim pareça, então:
Há muito, muito tempo...
Fiz uma promessa.
Noites insuportáveis, dias voláteis, instáveis:
Tens-me assombrado.
És como alma penada que grita por ajuda exasperada!
Perdeste-te, reverteste-te, descaracterizaste-te...
Neste momento deves encontrar-te desprovido de quase tudo o que amei.
Mas (há sempre um "Mas"), és causa perdida, minha droga por excelência.
Porque raio não faço como a maioria das pessoas que, vendo uma causa perdida, caminha na direcção oposta?
Eu não, eu corro para ela, atiro-me com unhas e dentes.
Voltaste-me costas e eu fiz-te o mesmo, disfarçaste com palavras vãs e eu disfarcei acreditando nelas.
Afastamo-nos.
Agora aí estás tu, à beira do precipício, em oscilações perigosas rumo ao abismo.
Eu, louca excêntrica, criança crente em promessas passadas, corro para ti e hei-de me esfarrapar toda para te tirar daí.
Era uma vez... [com um "felizes para sempre" muito ortodoxo.]

"I've made a promise..."

Borrega

Epifania do dia


O homem é denotação, a mulher conotação.
(e se calhar não é assim tão linear...)

Borrega

dezembro 07, 2009

Perfeição

"-Perfeito! - sussurra estarrecida, vencida, rendida aquele amor imenso.
- Graças a ti. - retribui-lhe ele num sibilo abafado, sufocado naquela necessidade imensa dela."

O que é a perfeição?
Na cabeça aquele diálogo passa vezes sem conta, mantendo-a de olhos abertos, vidrados, perdidos, moídos...
Coração aperta, fica pequenino.
O que é a perfeição senão a aceitação do outro, o achar cada detalhe imperfeito, perfeito...
O que é a perfeição senão nu corpo imperfeito, alma incoerente, senão alguém se dando como nunca?
O que é a perfeição senão a idolatração do imperfeito?
O que é a perfeição senão um [im]perfeito: amo-te...
O que é a perfeição?
Tenta dormir...
O que é a perfeição?
Revira-se na cama e anseia resposta.
O que é a perfeição?
Olha a calma noite caída no quarto, respira fundo.
- Seja o que for, amo-a pelo que é.
Adormece.






«I need some sleep.
I can’t go on like this.
I try counting sheep,
But there’s one I always miss.

Everyone says I’m getting down too low
Everyone says: "You just gotta let it go"»

Borrega

Créditos:
Música:
Eels - "I need some sleep"
Imagem: daqui

dezembro 05, 2009

Canção de Embalar



De cabeça apoiada nos joelhos dele, ela ouve a melhor canção de embalar, a mais rara e mais bonita de se ouvir. As conversas deles, em voz grave e melódica, com acordes que até nos risos são reconhecíveis. Não a cantam para mais ninguém, cantam-na para ela, que de olhos fechados está apoiada nos joelhos dele. Cantam-na inconscientemente, cantam uma canção sem fim.


Relembram-na de como é ser pequena, mostram-lhe como é ser a pequena deles. Mostram-lhe que os monstros debaixo da cama nunca existiram, e de que dos verdadeiros ela não tem nada que temer, eles estão ali, a cantar-lhe a sua canção de embalar.


Em braços, um pega nela, outro apara-lhe a cabeça. Adormeceu e nem deu por isso. Adormeceu e com todo o cuidado eles levam a sua pequena à sua pequena cama, e afastam-se entre risos. Adormeceu, mas assim que a sua música parou ela acordou.

Pulga

dezembro 04, 2009

A pedido de muitas famílias (read as: Cristina!)...

... e porque eu e a Pulga estamos sobre o "signo" do Coelho Branco:

"Eu sou o Winnie the Pooh e gosto de White Bunnies, they [freaking!] rock!!!!!!!!!!!!!!!!!!!"

Borrega

dezembro 01, 2009

Christmas time :D

Faltam 23 dias e 22 horas e 32 minutos para o Natal !

Seguindo para a juicy parte, querido Pai Natal [aka Borrega] este ano
portei-me mesmo, mesmo, mas mesmo bem ! Ajudei velhinhas a atravessar a estrada, angariei dinheiro para ajudar os mais necessitados, trabalhei arduamente em defender os direitos dos que não conseguem erguer a sua palavra àqueles que fazem ouvidos moucos, e depois de bater com a cabeça na mesinha de cabeceira, acordei .
Portanto, este ano tenho só alguns pedidos singelos:





e/ou







[Paul Wesley]






[Jared Padalecki e Jensen Ackles]


Podem vir embrulhados da maneira que preferires. :D
A recompensa será depois discutida.
Sem outro assunto e com os melhores cumprimentos,

Pulga

Dear Santa [read as: Dear Pulga]

É NATAL!!!!!! NATAL!!!!
A Popota e a Leopoldina já andam em strip, peço desculpa, desfile pelas tv's nacionais!
Já vos disse que é NATAL!
Pai Natal [Pulga], portei-me muito bem e com prenda quero:

LEXI [Arielle Kebbel]



and






WHITE BUNNIES!










Borrega