abril 12, 2010

Butterflies and Hurricanes

«change
...
best
...»

Um bater de asas e um candeeiro apaga-se, um outro bater e ele reacende-se.
Um livro aberto num banco de jardim.
Uma brisa e muda a página, uma outra brisa e avança uma outra.
E neste bailar de luzes e nestas asas ao vento, vou e venho, sou e tenho, caio e levanto, recuo e avanço...
Borboleta dançando ao vento, vem um mais revesso... caos...
Acalma o uivo pranto, torna-se brando canto, ela volta, asas a bailar: insiste, acredita, não pode parar...


«don't

let yourself down

don't let yourself go

your last chance has arrived...»


Borrega
Créditos:
Música:
Muse - "Butterflies and Hurricanes"

abril 06, 2010

Casual[c]idade


Casual, o cheiro a fumo já banal.
Uma tarde sem rumo:
Às voltas com as folhas,
Às piruetas com os números.
Casual, uma janela para a rua, para uma parede caiada, um tanto vandalizada.
Sentada no negro vime, encara a rua pela janela aberta, pouco desperta, apesar do café, apesar do entra e sai e das circundantes conversas casuais.
Cidade casual, Ribatejo mesmal, num café para estudo, um lugar para tudo...
... Descasca no estudo...
... Relaxa no sofá...
... Olha na janela a rua galdéria.
Será mania da idade esta terna tenra paixão pelas ruas sacrais desta capital de planícies desmedidas?
Ou esta cidade é mesmo baía sem mar, com o Tejo a mirar, porto de retorno?
Café casual, tarde normal, Santarém de sempre, igual a mim: banal, duma pasmaceira quase irreal, casual!
[casa]

Borrega

Créditos:
Local:
Casual (café & night bar)
Música: Moby - "Love Should"
"American Dream"
Imagem: Borrega (todos os direitos reservados)

abril 03, 2010

[Bitter]Sweet Home Alabama

Acordei e ouvi as andorinhas, acordei na minha enorme cama de casal e ouvi as atarefadas andorinhas que estão a reconstruir o ninho em fronte à minha janela.
Saltei da cama a custo e fui andar a pé. Já não me lembrava que era por esta altura que os tractores se tornavam flautistas que encantam as garças com a sua lavra. E lá vêem elas, naquilo a que chamo «parada branca», pousando umas atrás das outras, salpicando a terra de luz.
Aquele cheiro da terra a ser remexida, senti aquele cheiro da lavra e sorri...

Borrega

Créditos:
Música:
Lynyrd Skynyrd - "Sweet Home Alabama"
Imagem: daqui

abril 02, 2010

Back to basics!

E o calor desce-lhe, doce, garganta a baixo...
És tu doce infusão, principio num fim, pões fim num principio.
Saras, curas, ficas de vigília, exasperas nos meus goles sôfregos, dormes nos pausados.
Tu, doce aroma de tom amarelado, porque volto sempre a ti. Já quase não te recordava o sabor adocicado, diabético devido aos meus habituais dois pacotes de açúcar por chávena. Já quase me esquecera... Quase já não me lembrava...
Aquele cheiro a chuva no cimento...
Aquele cheiro a chuva na relva...
A cacimba no corpo...
O vapor a bailaricar nos bordos da chávena e eu, eu perdida em dissertações sobre essa coisa que quero esquecida, essa coisa aquecida que é o [A/a]mor!

Borrega
(05/03/2010)

P.S.- ao Oscar, pela Paciência, Companhia e Amizade

Créditos:
Local:
Café Concerto
Bebida: Chá Camomila


abril 01, 2010

Tragam os lençóis brancos e as caixas de cleanex...



… que aqui a Pulga está de malas aviadas para fora do Zoo.Lógico.


Desde o início que era apenas uma questão de tempo até isto acontecer, e agora aconteceu. Não vou desaparecer do mundo dos blogs, mas vou passar a ser apenas mais uma comentadora… Já dizia um amigo. ‘É a vida…’ e ele acrescentava mais alguma coisa, mas já não me lembro o que era.

Portanto assim me despeço, não com um ‘Adeus’ mas antes com um ‘Até já’.

Happy April’s Fool

Pulga