janeiro 09, 2011

Lost Whises ...

«Palpita doce no peito, ofega plo leito. Corpo teu, perfeito remédio para o meu... Unguento milagroso para esta ferida que é fome de dar, de amar...
Mas estou perfeitamente em mim, não te tenho, nem ao abrigo do teu corpo prazenteiro. Desejo carmim, desta minha ternura sem fim, desta menina querubim.

Meus ouvidos têm saudade da brandura da tua voz e da tua boca que era foz de um mar de palavras do teu fundo... Beijos e carinhos postos em mim.

Hoje adormeço assim, hoje tenho a sensação de ti em mim.»




E a mulher à beira rio, pés a chapinhar na água, enrola aquele pergaminho e deposita-o numa garrafa. Tapa-a e entrega-a ao rio.

Oriana acorda, já não está no rio à beira jardim.
Por onde andará a garrafa, já estará no mar?

Oriana...

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(14/04/2010)
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Imagem: daqui

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