Que a música a faz surda, já todos sabem. Poucos sabem porquê e ainda menos sabem como. Mas ela não se importa, prefere imaginar-se a girar entre flocos de neve, gotas de chuva e raios de sol do que explicar porquê.
E como ela gira. E como ela dança. Deixa-os ir à frente naquele sítio escuro, assim ninguém a verá retornar ao que sempre foi. Mas há sempre aquele que olha para trás quando não deve, vendo-a fazer uma espargata mais arrojada. Não se magoou, esteve quase, mas permanece intacta. Talvez um ou dois arranhões que amanhã a chatearão. Esses arranhões que ela, amanhã, mostrará a quem olhou para trás.
E quando todos param, ela cai. Magoou-se muito. Caiu porque pararam, caiu para que não reparassem. E por isso os arranhões vão ser considerados consequências da queda. E quando a procissão recomeçar, ela voltar-se-á a levantar. E aí será novamente o que sempre foi. Será bailarina desastrada da sua própria dança.
“I want to carry a piece of who I was before
So when I hit the wall, I really hit the wall”
Overweight - Blue October
Pulga
1 rugidos:
A imagem é linda...gosto mesmo...ah e também sinto assim a música...se eu fosse outra pessoa e soubesse como danço quando estou sozinho...não falaria comigo também...lol...
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