fevereiro 07, 2010

A menina que roubava cravos

Cravo...
Dá-me um cravo...
Cravos,
Tenho-os no Coração plantados.
Cravos, um cravo sendo desfolhado...
É assim minh'Alma: um manto de pétalas rendilhadas, de pétalas matizadas.
Um cravo, cravos, são pregos revolucionários...
Cravo é mulher delicada disfarçada de guerreiro armado.
Cravo, flor da paixão
Flor que pulsa como um coração...
Um coração esfaimado, que tem fome.
O meu Coração tem fome: Dá-me um cravo...
Mãos tremem por medos [des]motivados,
O peito uiva em latido chorado...
Cravos, são lábios beijados
Cravos...
Colcha de amantes com os corpos colados, abraçados.
Dá-me cravos, um mar deles.
Minha Consciência e meu Coração já são caravelas de minh'Alma,
Aumenta-lhes o oceano d'ondas floridas.
Chega perto, sente o aroma do meu colo...
Sabes a que cheira?
Cravos, aroma que dá vontade de beijar, de cuidar.
Cravos, um cravo, são só cravos...
Menina de passo ligeiro, trava-o
É [um]a essência que a prende pelas narinas, acariciando-lhe a Alma...
Encara-os, aos molhos, implorando para serem levados.
Mão ligeira, faces rosadas, peito ofega de tão tamborilante
Pega num e beija os outros em despedida
Rouba o[s] cravo[s].
Cravos...
Um cravo...
Milhentos cravos...
Gaziliões de cravos na su'Alma plantados.
Cravos
Plos meus lábios beijados.

Já te disse o que é o amor?
São cravos. Cravos!!!!


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P.S. - Lau, não de sempre, mas, certamente, Para Sempre...

Créditos:
Música:
REM - "Everybody Hurts"
Imagem: daqui

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