março 08, 2010

Desvario com dores

Tísica, branca pálida, noiva nua, crua, magra, alva tísica dorida.
Mulher caquéctica sorris docemente de esgar. És carraça demente, parasita ansiosa por nos dissecar.
De bisturi em riste rasgas os músculos, cortas tendões, o sangue jorra. Nem viste o olhar amargurado, torturado do pobre cadáver sofrido que esventraste.
Então, já de barriga cheia, limitaste a ser sádica e massacras mais um pouco, que agora és obesa pálida que tem energia para gastar...
Puta de merda, que me fazes ajoelhar, berrar e implorar para parar.
Pêga avara que até o ar me roubas, que nem resfolegar e inspirar me deixas em paz.
Mas ri enquanto podes, sua quenga tirana, que a doce dama de negro há-de chegar, que a Dona Morfina as veias me há-de adoçar e os músculos acariciar. E aí, rameira, serei eu a te pisar.

Borrega

Nota: "Carraça demente", comentário da Pulga: «Obah! Isto sou eu!!»

0 rugidos:

Enviar um comentário