abril 26, 2009

"Bandido Clandestino"


"O tempo, esse bandido clandestino
Salteador de estradas e memórias
Mistura numa névoa libertino
O passado e o futuro das histórias."



Esmagada, aliás devorada. Chronos vai arrancando um pedaço desta sua filha, todos os dias desta espera interminável para que isto acabe.
Ele é inevitável e imprevisível, o tempo. Umas vezes tão rápido, outras tão lento, mas sempre numa razão inversamente proporcional à nossa ansiedade. Sempre a gozar connosco, mostrando a sua superioridade e irreversibilidade.
Neste momento só lhe rogo para que corra e ele, quanto mais desesperada a minha prece é, mais coxo corre...
Estou presa neste quase pesadelo, criado pelo minha própria inconsciência e ninguém me salva e ninguém me vê senão ele. Ele que impreterivelmente passa para me esmagar mais um pouco nesta espera, ele que passa para me devorar mais um pedaço... Leva sempre os mais doces de mim, estou a ficar azeda...
Chronos passa, o mundo gira, pula e avança. O que me faz estar perdida e de rastos hoje será insignificante amanhã... Quando ele voltar para troçar desta pobre filha perdida, se tiver forças, dir-lhe-ei que não vale nada!


"O tempo que se esconde de emboscada
O tempo que te foge a sete pés
O tempo que no fim não vale nada."



Borrega

1 rugidos:

Butterfly angel disse...

Gostei bastante! :) O tempo é mesmo assim, um maroto! XD
Obrigada pelo comment e desculpa por só responder agora. :P
beijo*

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