abril 17, 2009

Boneca de trapos


Sentiu-se nostálgica. Sentiu-se com necessidade de socializar. Decidiu, após meia hora de debates interiores, em enviar uma mensagem à única pessoa, cuja resposta não importava, deixar-lhe-ia sempre um sorriso inconsciente nos lábios.
Sentia saudades deles. Sentia saudades de si mesma. Todas as suturas que ligavam os remendos, lhe doíam. Estava a falhar para cada bocadinho seu. Promessas feitas sem prazo de validade, ainda por cumprir eram a sua maior falha.
Muitas vezes sentia em si, pedaços de tecido há muito esquecido, talvez devido às suas falhas… Mas todos os tecidos de si arrancados e entregues àqueles que lhe deram vida, àqueles que lhe sentiam saudade, àqueles que também eles se puseram na mercê das mãos dela, todos esses tecidos, nunca formaram um todo, quando estavam imaculados.
Abraçou a boneca de trapos no seu colo, manchou os tecidos com lágrimas de saudade, ergueu-se apertando a boneca e partiu.


Pulga


[Aos grandes amigos do Feijó – que ainda hoje continuam a fazer-me rir, e que as saudades apertam quando falamos
Às grandes amigas da Azinhaga – Sempre aqui!
Aos grandes amigos de Vila Real – Vós sois pessoas fantásticas que valem mesmo a pena conhecer !!
E a uma das pessoas que tem uma das maiores partes de mim – ‘You know I love ya!’ ]

2 rugidos:

Zoo disse...

Pa que conste: tou de novo a chorar!
E digam o que quiserem, pois soa mal como tudo: AMO-TE!

P.S.- Outra sinfonia... Tu e as bonecas dá resultado...

Borrega

Carolina disse...

incrivelmnt, t o q sinto agr eu propria n o diria melhor... fantastico texto!

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