novembro 23, 2009

Destino



"Sou basicamente aquilo que vêm em mim - sorrisos e brilho nos olhos. Acreditam? Pois se acreditarem não são mais que enormes ignorantes, ou extremamente inocentes. Acredito mais na primeira opção, pois nem quem nos fez o foi, e o Mundo tira qualquer réstia de pureza.
Pois bem, sou mais que sorrisos e brilho nos olhos. O brilho já quase se eclipsou com a desilusão e os sorrisos já são automáticos sem qualquer sentimento. São mais as preocupações que me fazem. Não são problemas sérios, são aqueles que arrasto por anos, aqueles que outro alguém teria resolvido numa questão de minutos. Portanto, hoje é um grande dia a presenciar, pois hoje... Hoje é o dia em que todos os problemas são resolvidos...", escreveu ela. Ergueu-se e dirigiu-se ao ombral, encostou-se. Vestida de branco quase se camuflava com as paredes. Esticou os braços, com um banque surdo o lápis caiu-lhe da mão, e ela começou numa corrida desenfreada. E então... Saltou. Saltou para o nada, saltou para ninguém."


- NÃO! Ela não pode saltar !
- Ora, porque não?
- Nenhum problema se resolve assim! Nunca ouviste que "podes fugir, mas não te podes esconder" ?
- Verdade... E então que tal...


E lá estava ela, por um fio, com o seu destino a ser discutido por duas crianças num pedaço de papel. E lá estavam eles a discutir a vida dela como se de qualquer outra personagem ficcional se tratasse. E nenhum deles tinha a mais plena noção.
Pulga

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