Ela, Oriana, não fuma, mas acabou de o acender e dirige-se agora a um arcaico gira-discos. Ela só se distingue da alva sala pelos seus cacheados castanhos que lhe emolduram o rosto petiz.
Mal a agulha toca o disco, a divisão enche-se dum som cardíaco, um som expressivo de um batimento incessante. Oriana retorna à otomana e repousa embalada pelo cheiro a tabaco e pela música galopante.
Abre os olhos, respira fundo e enche-se do doce aroma do incenso. Há muito que não visitava aquela alva zona do seu interior, há muito que não repousava como naquela otomana...
Levanta-se, agora são horas de ir olhar o Tejo...
Oriana
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Música: o batimento daquele coração...
Música: o batimento daquele coração...
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