No banco de tantos dias, com a tinta verde a lascar ao sol prometedor daquele soalheiro dia invernesco, lá estávamos nós, as do costume... Os risos, as confidências, os olhares cúmplices ou o silêncio, pela presença umas das outras ser suficiente, perfumavam a aura envolvente.
Então, a borboleta que esvoaçava por ali, decidiu, de repente, pousar, colorida, por entre os nossos risos, sob os ténis brancos e rosas de uma de nós. Momento fugaz, efémero, que fomos incapazes de capturar, pois o telemóvel foi posto tardiamente em riste. E ela voou para longe, matizando o céu azul, salpicando-o dos tons garridos das suas asas. Falámos então do ápice que o telemóvel perdera.
Ainda com a imagem pintada na retina, divaguei, por entre os solavancos acelerados do caminho até casa. Será que os laços que aqueles risos, olhares, confidências, silêncios espelhavam seriam tão efémeros quanto a linda borboleta perdida na enormidade do céu? Fiquei suspensa nesta pergunta de vaticínio agoirento.
No entanto, outro belo quadro me surgiu na mente, esfumando o negro cortinado imposto antes, como se raiasse a madrugada: outra borboleta, outro ano, outro dia, outra terra, até outro banco, mas as mesmas rindo, as do costume...
Então, a borboleta que esvoaçava por ali, decidiu, de repente, pousar, colorida, por entre os nossos risos, sob os ténis brancos e rosas de uma de nós. Momento fugaz, efémero, que fomos incapazes de capturar, pois o telemóvel foi posto tardiamente em riste. E ela voou para longe, matizando o céu azul, salpicando-o dos tons garridos das suas asas. Falámos então do ápice que o telemóvel perdera.
Ainda com a imagem pintada na retina, divaguei, por entre os solavancos acelerados do caminho até casa. Será que os laços que aqueles risos, olhares, confidências, silêncios espelhavam seriam tão efémeros quanto a linda borboleta perdida na enormidade do céu? Fiquei suspensa nesta pergunta de vaticínio agoirento.
No entanto, outro belo quadro me surgiu na mente, esfumando o negro cortinado imposto antes, como se raiasse a madrugada: outra borboleta, outro ano, outro dia, outra terra, até outro banco, mas as mesmas rindo, as do costume...
Borrega
P.S.- À Ana Lúcia e à Filipa, à Joana, à Salomé e à Ana Sofia... a todos os que deixei para trás, mesmo que apenas pela distância, a todos aqueles em que pensei quando, há um ano, escrevi este texto.
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Mensagens
1 rugidos:
Pois é, por vezes não nos damos conta de estarmos a viver momentos únicos, por mais casuais que possam parecer. A amizade é algo único e imprescendível à vida... é a amizade que nos dá sentido para viver... sem amigos não somos ninguém... É por isso, que tal como tu, eu tenho receio de vir a perder algum dos meus amigos, por algum motivo...
Mas falo de amigos, não de conhecidos, não de colegas de turma, ou curso, a quem dizemois bom dia,com quem rimos, com quem bebemos uns copos, e trocamos piadas,mas sim daqueles amigos que o são de verdade! Aqueles com quem choramos, com quem berramos num momento de fúria e que nos desculpam mesmo antes de nós o pedirmos, aqueles que estão presentes mesmo quando se ausentam, pela confiança que nos transmitem, pelo conforto que nos dão... Aqueles que são capazes de deixar de lado planos para um dia, para poder confortar um amigo que está deprimido, ou se sente mal... São esses, os que nos "cascam nas orelhas" sempre que precisamos, e que nos fazem ouvir a voz da razão, são esses os verdadeiros amigos...
São esses que eu tenho medo de perder... não os outros, os outros são substituíves, mas nos verdadeiros amigos, não...Os verdadeiros amigos marcam-nos fundo, e ficam para sempre, no coração!
Dedicado a todos os meus verdadeiros amigos!
Beijo grande
Joana
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