Ela chorava sem parar, as fontes não secavam, as lágrimas não paravam. Tinha a vista turva pelas gotas salobras, o mundo parecia-lhe mais feio, ela era mais “feia” que antes. Não estava a ser honesta com a sua escolha.
Tal com Hamlet, ela escolheu entre a vida e a morte. Escolheu sem convicção, se queria a vida tinha de se agarrar mais a ela e isso era difícil, difícil demais para alguém tão fraco.
Ela chorava sem parar, chorou até que a alma se acalmou.
Voltou a escolher, escolheu de novo a vida, escolheu-a à espera de ser forte, ou até à próxima chuva torrencial.
Borrega
2 rugidos:
A escrita ajuda a ver através da chuva e da névoa.
Espero que "ela" tenha, para além de ter escolhido a vida, encontrado, realmente, força para viver...
Beijo
Joana
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