Frio... Tanto frio... Frio...
Medo... Tanto medo... Medo...
Solidão... Tanta solidão... Solidão...
Oriana... Tanta coisa... Mulher...
Medo... Tanto medo... Medo...
Solidão... Tanta solidão... Solidão...
Oriana... Tanta coisa... Mulher...
Está sentada, só, desesperadamente assustada, no 4ºandar do seu prédio. Oriana finge que estuda, aliás, Oriana tenta sofregamente estudar!
Está escuro lá fora, escuro como cantos da sua alma que não tem visitado, que ainda não tem força suficiente para iluminar.
A mesa onde estuda abeira-se duma janela, sem qualquer vista onírica, sem qualquer lírica possível.
As músicas vão passando, tentando animar o frio ar cortante, o medo pungente, a coragem nascente, as lágrimas irrompentes. As músicas bailam-lhe nos lábios e nos pés desritmados... Chora!
É menina pequena e amedrontada, é alma mal amada. As cicatrizes têm-lhe doído, se calhar é de vir aí chuva intensa, inverno rigoroso. Se calhar é temor do sentimento que, por vezes, se agiganta nela.
Como lhe apetecia um abraço, quente, qual lareira no inverno, um chá, um beijo, um livro lido ao seu ouvido, um poema cantado, mais um beijo roubado.
Oriana sacode a cabeça, atina as ideias, guarda tudo no seu cantinho e fecha a porta à chave.
Foca, vai estudar, de novo!
Olha a noite, sorri: "When I frist met you, you were larger than life!", diz para ela.
Ainda é assim, agora voltou a ser assim.
Oriana e os seus debates e quedas internos.
Oriana, desejos, frio e medo.
Oriana...
Borrega
Créditos:
Música: Metallica - "Enter Sandman"
(entre muitas outras que foram passando)
Música: Metallica - "Enter Sandman"
(entre muitas outras que foram passando)
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