 As mãos trémulas pegam no bule e vertem o seu conteúdo fumegante numa bonita chávena branca. Adoça-o, tem pressa em bebê-lo, em sentir o calor a percorrer-lhe o esófago. Aquele chá de camomila é a sua esperança de aquecer o corpo e a alma.
As mãos trémulas pegam no bule e vertem o seu conteúdo fumegante numa bonita chávena branca. Adoça-o, tem pressa em bebê-lo, em sentir o calor a percorrer-lhe o esófago. Aquele chá de camomila é a sua esperança de aquecer o corpo e a alma.Sente uma necessidade intolerável por calor, sentir o calor de alguém. Necessita daqueles abraços protectores, de adormecer assim, enlaçada num porto seguro, num porto quente.
Todos os dias, sente aquele calafrio e aquela vontade inexplicável de ser abraçada, aquecida...
Um dia fujo para o fim do mundo...
Aí dou um abraço a qualquer desconhecido...
Aquele abraço que necessito dar...
(adaptação de "Carta de um Marginal")
Borrega
Créditos:
Quadro: Gustav Klimt
 
 
 
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