maio 14, 2009

Nota:

Oriana, num movimento confiante, volta a repor as chaves onde elas pertencem: no seu porta-chaves.
Tirou-as num gesto impensado, num gesto que, em grande parte, tinha resultado de concelhos externos, de pessoas que muito a gostam e prezam, mas que não a entendem, não completamente.
Não tem vontade de chorar agora, apenas ri, leve pela longa e variada conversa com ela. Ela é uma amiga, gosta mesmo muito dela, apesar de a conhecer há tão pouco está-lhe muito grata, gosta-a muito e ela é das poucas que a percebe...
A tarde foi longa, sabe que a noite também o será e também sabe que acordará, religiosamente, por volta das 7.15h da manhã (maldito relógio biológico!), voltar-se-á na cama e dormirá mais um pouco até o despertador tocar.
Hoje gosta um pouco mais do ser híbrido e impetuoso que é, agradece ao seu pai e à sua mãe. Oriana sabe-se e sente-se diferente e agora confiante no futuro, já o vislumbra, já não há névoa.
Está com muito sono e sob o efeito de dois cafés, custa-lhe manter uma linha recta de raciocinio, mas para ela esta nota faz sentido, embora ainda não tenha dito o que quer.
"Respira fundo catraia!", impõe a si mesma.
"O que queres dizer com tudo isto é que, ao devolveres as chaves ao sítio delas, estás a caminho de tentar o equilibrio. É isso!", conclui...
Está extenuada e tem de estudar, tem mesmo.
E vai fazê-lo, mas não sem continuar a dar o seu grito de revolta, de vida, de fénix, que pretende incessante: "I still alive!"

Oriana...

Borrega
Créditos:
Foto: Eddie Vedder
Músicas: Pearl Jam, "Black" e "Alive"

2 rugidos:

Ana disse...

Desklpa n te kmpreender...dsklpa darte os concelhos errados...

Nao mais te os darei...prometo..

SparkingMind disse...

Duas notas apenas..
"Não tem vontade de chorar agora, apenas ri, leve pela longa e variada conversa com ela. Ela é uma amiga, gosta mesmo muito dela, apesar de a conhecer há tão pouco está-lhe muito grata, gosta-a muito e ela é das poucas que a percebe..."

.. evita explicações!

E segunda, a chave. A chave que não consegui ainda encontrar para fechar a minha gaveta que tantas vezes se abre sozinha e me mostra o passado feito presente.

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