maio 18, 2009

Sorrisos


Ainda sentia as mãos quentes. O cheiro de tabaco e álcool ainda estavam bem impregnados nas narinas. O calor que saía dos lençóis era demasiado real para ser ilusão, não era?
Ele ainda lá devia estar. A agarrá-la, como se fosse distante o tempo em que se voltariam a ver. Envolvendo-lhe a cintura e apertando-a contra ele, de modo a estarem o mais próximos, colados mesmo.
Ela volta-se para ele, ainda faltam poucas horas antes de o despertador tocar, através das fendas da janela que pouco iluminam o quarto, observa a face inocente e sorridente dele. ‘De que te ris?’ pergunta-se.
Ela precisa dum pouco daquela felicidade. Daquela segurança. Aproxima-se como para sugar. ‘Só um pouco’ sussurra de modo a não o acordar. E aí cede aos seus lábios. Ele ri-se. Já estava à espera. Corresponde-lhe a todos os toques, a todos os beijos fugitivos.
Afastam-se e ela ri-se em gargalhadas, enquanto ele a aperta e ela se deixa apertar. De olhos fechados ele continua-se a rir. Até ficar apenas o sorriso.
E enquanto ela o observa através da pouca luz. O sono volta a invadi-la. A resposta ao sorriso dele é quase óbvia… Deverá ser pela mesma razão que ela agora sorri: ‘Porque só tu me pões com aquele sorriso de menina e me abraças como uma criança.’ Murmura-lhe. Ele assente com um sorriso maior. Mais um beijo fugaz e ela adormece sobre o seu ombro. Daqui a pouco acordarão da mesma maneira.


Pulga

2 rugidos:

no. disse...

Adoro o vosso blog! A ideia do Zoo.Lógico está TÃO fixe.


E já vos linkei no meu (lephemeres.blogspot.com).

Beijinhos*

Erica

Unknown disse...

que bem que escreves :)

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