fevereiro 24, 2009

Baloiço



Aquele vai e vem pueril, aquele friozinho no estômago quando se sobe, aquele alívio de voltar ao chão e de novo o friozinho num novo balanço. Estou novamente a andar de baloiço, ando neste vai e vem para passar o tempo, apenas me sentei nele para te esperar.
Balanço e balanço e o baloiço sobe e sobe e sinto que vou tocar o céu e, tal como em pequena, continuo a dar balanço.
Também como em pequena, o meu estômago dá um e outro nó e fico zonza. Travo o meu vai e vem quase espacial e ponho a cabeço entre as pernas, respirando ritmadamente.
Quem estou a tentar enganar? Eu já não sou aquela menina que o avô empurrava nos baloiços e tu não virás ter comigo.
O meu estômago dá uma pontada forte, levanto-me num pulo e acordo do meu sono embalado. O dia ainda não raiou e, tal qual quando adormeci, estou só.


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