As pessoas em nosso redor deverão ter pensado: ‘Ena que saudades!’ ou até ‘Que bebedeira!’. Mas como eu gosto que me peguem ao colo! Sentir por uma fracção de segundo que estou a flutuar, sentir por apenas não mais que um segundo que o meu bem-estar depende das duas mãos que me erguem, tudo isto antes de entrelaçar as pernas no seu tronco, e aí, com as pernas entrelaçadas, entre risos e giros, sinto-me segura, como quando era pequena e trepava pelas pernas do meu pai e onde nada me podia magoar. E junto daquele tronco e daquelas mãos o meu mundo é perfeito.
E depois acaba aquele efémero momento, a insegurança abate-se sobre os meus ombros, e a dor dum mundo imperfeito regressa em força aonde pertence. Continuo a sorrir, afinal a dor que desde pequena que lido com ela. Não se tornou mais fraca, apenas mais fácil de suportar, mas no fim de contas, ontem pegaram-me ao colo…
Pulga
1 rugidos:
Já não é mau.
A única pessoa que ainda me pega ao colo
é o Tiago quando passa por cá.
Ve lá se deixa a tua pegada no meu sitio?! hm
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