fevereiro 16, 2009

Realidade ficcionada

Começou-lhe a contar a história.
Convenceram-me com um sorriso. Fui com ele, parecia-me alguém familiar, alguém de confiança.
Assim que estive mais perto, ele começou-se a aproximar com um excesso de confiança, que eu desconhecia, ninguém tinha essa confiança para comigo. Eu não deixava.
’ Interrompeu-se para lhe olhar nos olhos como o que se seguisse fosse o que realmente importava. ‘Começou por pôr as mãos na minha perna. E começou a aproximar-se de sítios mais íntimos. As mãos subiam-me pela barriga. Aproximaram-se do peito. Mantive o sangue frio, a cabeça fresca e consegui afastá-lo. Preguei-lhe uma mentira e saí do carro. Porque é que não dei ouvidos quando me disseram que não devia aceitar boleia de estranhos? Ele ia-me atacar e eu não iria conseguir-me defender.’
És um pouco dada ao drama, não?’ comentou ele
Ela apenas sorriu. As marcas não se viam, ela apenas sentia. Aquilo era tão irreal, que ele não conseguia crer que era o mundo em que vivia. Afinal aquilo não acontecia a eles, acontecia aos outros, não a eles. Então apenas fixaram aquele triste sorriso.

Pulga

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