Ao passar por ali, sentou-se. Era um local pouco familiar, mas as memórias que dali tinham valiam como se conhecesse o lugar. Deixou-se levar pela brisa que lhe agitava ao de leve os cabelos e voou para longe dali. Ainda lhe doía quando pensava nele. E era nele que agora estava a pensar. O vento tornou-se um pouco mais forte, e as lágrimas não hesitaram em cair.
O mundo a preto e branco era tudo o que ela desejava cada vez que pensava nele. Não existir um dos dias. Começava sempre a pensar pelo último, como não lhe doera na altura, como sorrira de forma pura. Num mundo a preto e branco, nunca lhe doeria, melhor, nunca teria confraternizado sequer, com ele.
Depois passava para o primeiro dia, como estava feliz. Como estava impulsiva. Como sorria da mais natural forma de sorrir. Num mundo a preto e branco, esse dia não teria acabado aí. Ela teria tido o seu ‘feliz para sempre’ ao lado dele.
E as lágrimas escorriam de forma mais contínua. Era mesmo isso que ela queria? Um mundo a preto em branco, em que tudo fosse tão simples? Em que o tudo fosse ou não fosse? E o que seria feito dela? Desapareceria, simplesmente? Não, ela não queria desaparecer. Mesmo sendo e não sendo preferia ser uma mancha cinzenta no meio de tantas outras, com um pequeno borrão que alastrava quando ela pensava nele.
Ergueu-se, secou as lágrimas com a manga do casaco e seguiu o seu caminho. Estava atrasada para o seu encontro com a escolha colorida que fizera.
O mundo a preto e branco era tudo o que ela desejava cada vez que pensava nele. Não existir um dos dias. Começava sempre a pensar pelo último, como não lhe doera na altura, como sorrira de forma pura. Num mundo a preto e branco, nunca lhe doeria, melhor, nunca teria confraternizado sequer, com ele.
Depois passava para o primeiro dia, como estava feliz. Como estava impulsiva. Como sorria da mais natural forma de sorrir. Num mundo a preto e branco, esse dia não teria acabado aí. Ela teria tido o seu ‘feliz para sempre’ ao lado dele.
E as lágrimas escorriam de forma mais contínua. Era mesmo isso que ela queria? Um mundo a preto em branco, em que tudo fosse tão simples? Em que o tudo fosse ou não fosse? E o que seria feito dela? Desapareceria, simplesmente? Não, ela não queria desaparecer. Mesmo sendo e não sendo preferia ser uma mancha cinzenta no meio de tantas outras, com um pequeno borrão que alastrava quando ela pensava nele.
Ergueu-se, secou as lágrimas com a manga do casaco e seguiu o seu caminho. Estava atrasada para o seu encontro com a escolha colorida que fizera.
"It's him wanting things to be purely black and white. I mean, I missed my sons first halloween and my heart is aching inside of my chest but you know, that doesn't mean anything. It doesn't count. Because in a black and white world, I simply didn't make it home and that makes me the bad guy."
(Dra Bailey, Grey's Anatomy, Episode 5, Season 4)
Pulga
1 rugidos:
Querida Pulga:
Ambas sabemos o que está por de trás deste texto. Ambas sabemos o que te inspiou... E, por isso, me vejo na obrigação, por mais que me chateies por te tar a tentar dar concelhos, de te dizer algumas palavras...
Deves conhecer, com certeza a música #quem me leva os meus fantasmas" de Pedro Abrunhosa...pois bem eis um excerto:
"(...)
De costas voltadas não se vê o futuro
Nem o rumo da bala
Nem a falha no muro.
E alguém me gritava
Com voz de profeta
Que o caminho se faz
Entre o alvo e a seta.
(...)"
Pensa nisto e depois diz-me alguma coisa! Não te deixes prender pelo pasado... por mais reconfortamntes que as boas recordações possam ser não te deves entregar a elas como se elas não passassem apenas de recordações e fossem o presente! Deixa que a vida te traga dias melhores, novos frescos... e tenta esquecer um pouco esses "dias felizes" que te tão a deixar cada vez mais triste! Não percas a vontade de viver experiências novas, aventura-te atira-te de cabeça a algo que queiras fazer... se errares e caires levantas-te e voltas a tentar de novo até conseguires!
Eu sei que "é bem mais fácil falar do que fazer" mas acredita que sei do que estou a falar... posso não ser uma perita no assunto... e quem me deram não vir a ser... mas sei que se nos deixarmos envolver pelo passado é dificil olharmos nitidamente para o presente... E por isso, à coisas que nos passam ao lado quando não deviam passar... oportunidades que a vida nos dá para sairmos de uma espécie de depressão melancólica (não quer dizer que seja o teu caso) mas que nós não agarramos, de tão absorvidos que estamos pelo passado...
Pensa nisso...
Beijo
Joana
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